sexta-feira, 10 de junho de 2016

Fármacos Antiepilépticos

Os fármaco antiepilépticos são usados para tratar a epilepsia, bem como alterações convulsivas não epileptiformes. Os pacientes com epilepsia geralmente precisam usar medicamentos continuamente por muitos anos e, portanto, é particularmente importante que evitemos os efeitos adversos. Há claramente a necessidade de fármacos mais específicos e eficazes, e vários fármacos novos foram recém-introduzidos para o uso clínico. Os antiepilépticos incluído há muito tempo incluem fenitoína, carbamazepina, valproato, etossuximida e fenobarbital, juntamente com vários benzodiazepínicos, como diazepam, clonazepam e clobazam. Fármacos mais modernos incluem vigabatrina, gabapentina, pregabalina, lamotrigina, felbamato, tiagabina, topiramato, levetiracetam, oxcarbazepina, zonisamida rufinamida. De modo global, os fármacos mais recentes apresentam menor probabilidade de apresentar interações farmacocinéticas com outros fármacos e apresentam menos efeitos adversos.

FENITOÍNA
Apesar de seus muitos efeitos adversos, e comportamento farmacocinético imprevisível, a fenitoína é amplamente usada, sendo eficaz em várias formas de crises parciais e generalizadas, embora não em crises de ausência, que podem até piorar.

Efeitos adversos
os efeitos mais leves incluem vertigem, ataxia, cefaleia e nistagmo, mas não sedação. a fenitoína também tem sido implicada como causa de aumento de incidência de malformações fetais em crianças que nasceram de mãe epilépticas, particularmente a ocorrência de fenda palatina.


VALPROATO

Inibe a maioria dos tipos de convulsões induzidas experimentalmente e é eficaz em muitos tipos de epilepsia, sendo particularmente útil em certos tipos de epilepsia infantil, nos quais sua baixa toxicidade e sua falta de ação sedativa são importantes, e em adolescentes que exibem tanto crises tônico-clônicas ou mioclônicas como crise de ausência, porque o valproato também é usado em afecções psiquiátricas, como doença depressiva bipolar.


Efeitos adversos
adelgaçamento e encrespamento dos cabelos em cerca de 10% dos pacientes. O efeito adverso mais grave é a hepatotoxicidade. O valproato é teratogênico, causando espinha bífida e outros defeitos do tubo neural.


FENOBARBITAL

Sua ação em convulsões experimentalmente induzidas e formas clínicas de epilepsia, assemelha-se muito á da fenitoína; afeta a duração e a intensidade das crises artificialmente induzidas, e não o limiar crítico, sendo ineficaz no tratamento das crises de ausência. Hoje em dia, raramente é utilizado na clínica devido a sedação.


Efeitos adversos
O principal efeito adverso do fenobarbital é a sedação, que costuma ocorrer em concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica para controle das crises. Outros efeitos que podem ocorrer em dosagem clínica incluem anemia megaloblástica, reações leves de hipersensibilidade e osteomalácia.

BENZODIAZEPÍNICOS

Os benzodiazepínicos podem ser utilizados para o tratamento de convulsões agudas, especialmente em crianças -- diazepam, geralmente administrado por via retal, quanto para o estado de mal epiléptico. Como  a maioria dos benzodiazepínicos, o efeito sedativo é pronunciado demais para que seja utilizado na terapia antiepiléptica de manutenção, e ocorre o desenvolvimento de tolerância após 1-6 meses. O clonazepam é único entre os benzodiazepínicos em que em adição à sua atuação sobre o receptor GABAa, ele também inibe os canais de cálcio do tipo T. Tanto ele quanto o composto relacionada clobazam são considerados relativamente seletivos como antiepilépticos. A sedação é o principal efeito adverso desses compostos, e um problema adicional pode ser a síndrome de abstinência, que resulta em exacerbação das crises convulsivas se o fármaco for interrompido abruptamente.


-----------------------------------------Fármacos mais modernos-------------------------------------

VIGABATRINA
Sua principal ação consiste em inibir irreversivelmente a enzima GABA-transaminase. A suspensão deste medicamento deve ser feita de forma gradual, pois se for realizado de maneira abrupta ocorre o risco de convulsões. Seu mecanismo de ação consiste em inibir irreversivelmente a enzima GABA-transaminase. A vigabatrina pode causar depressão, e ocasionalmente alterações psicóticas e alucinações, em uma minoria dos pacientes.


GABAPENTINA
A gabapentina é eficaz nas crises parciais. Seus efeitos adversos ( principalmente sedação e ataxia) são menos intensos do que com muitos antiepilépticos. A absorção da gabapentina no intestino depende do sistema transportador de aminoácidos e mostra propriedade de saturabilidade, que significa que aumentar a dose não aumenta proporcionalmente a quantidade absorvida. Isto torna a gabapentina relativamente segura e livre de efeitos adversos associados a superdosagem. Como estes fármacos são eliminados inalterados na urina, precisam ser usados com cuidado nos pacientes cuja função renal esteja comprometida.

TOPIRAMATO
Seu espectro de ação assemelha-se ao da fenitoína, e afirma-se que produz efeitos adversos menos intensos, além de ser desprovido das propriedades farmacocinéticas que causam problemas com a fenitoína. Atualmente, é usado sobretudo como terapia complementar em casos refratários de epilepsia.

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